Em entrevista ao Variety, o executivo-chefe da Warner Bros., Kevin Tsujihara, explicou sua vontade de diminuir a janela de exibição dos futuros filmes do estúdio. Esta condiz com o tempo mínimo acordado entre as distribuidoras e cadeias de exibição (cinemas) para que o filme possa ser disponibilizado na televisão e em outros serviços de streaming. Atualmente, a janela é de 90 dias nos Estados Unidos, mas algumas majors, entre elas a Warner Bros., entendem que uma mudança de cenário poderá beneficiar ambas as partes da indústria cinematográfica.
A explicação de Tsujihara para tanto deve-se à inundação de filmes de super-heróis, animações de aventura e outros recheados de efeitos especiais e explosões que dominam as salas de cinema, deixando pouco espaço para outras produções de médio orçamento, como dramas intimistas. Segundo ele, estes tem sofrido com a dominação dos blockbusters e, por isso, facilitar seu acesso ao público, mesmo em casa, pode ser uma boa estratégia para alavancar o lucro.
Segundo o site, sua ideia é diminuir a janela de exibição para apenas 15 dias apos sua estreia no cinema, ficando disponível para aluguel em plataformas como Apple e Google. A nova estratégia renderia frutos para o estúdio e os cinemas, que receberiam uma porcentagem por aluguel durante certo período, sendo este número mantido em segredo até o momento. A Warner Bros., no entanto, lida com grande reticência das exibidoras, que temem a queda brusca de frequentadores nos cinemas, visto a facilidade de assistir ao material na própria casa.
A ideia anda atraindo seguidores, como a Universal, que já declarou estar aberta a possibilidade de mudança. Seria este o futuro das exibições de novos lançamentos? A resposta ainda demorará certo tempo para surgir, mas Tsujihara parece ter certeza que sim.
Fonte: Variety