Apesar da boa aderência dos fãs brasileiros, que tornaram “Batman Vs Superman: A Origem da Justiça” a terceira maior bilheteria da história do país, a situação nos Estados Unidos foi bem diferente. Após uma boa de abertura, o filme sofreu uma queda de 60% nas bilheterias na sua segunda semana, um índice altíssimo, que preocupou executivos.
Com o decorrer do tempo, os números continuaram a baixar expressivamente em todo o mundo, muito por conta do alto índice de críticas negativas, que deram fruto até a um meme do ator Ben Affleck triste, que se tornou viral.
Justificativas por parte do diretor vieram, assim como anúncios de controle criativo do próximo filme solo do Batman nas mãos de Affleck e refilmagens de “Esquadrão Suicida”. Ainda que possam parecer banais à primeira vista, a concatenação de tais notícias já indicava problemas criativos maiores envolvendo o universo cinematográfico de super-heróis, construído com a DC Comics.
Prova da crise de gerenciamento de projetos que a Warners Bros. vive veio com o anúncio, divulgado pelo THR, de que dois executivos, Jon Berg e Geoff Johns, foram designados para assumir esses projetos em uma divisão especialmente criada, a DC Films.
Essa segmentação será extensiva a toda a cartela de filmes da casa: ao invés de produtores assumirem filmes específicos e trabalharem neles, agora assumirão divisões. Com isso, Berg e Johns ficarão responsáveis por todos os filmes de super-heróis, enquanto Courtneay Valenti assumirá todos os projetos “Lego”, assim como derivados de “Harry Potter”, o que inclui “Animais Fantásticos e Onde Habitam” e seus longas subsequentes, e assim por diante.
A Warner Bros. espera que o novo modelo de negócio minimize os prejuízos já acumulados nesse ano e consiga reverter a situação nas bilheterias do futuro. Cabe ressaltar que Berg e Johns não terão total autonomia, reportando-se respectivamente ao CEO do estúdio, Joe Silverman, e à presidente da DC Entertainment, Diane Nelson.
Fonte: The Hollywood Reporter