Grande fonte de renda da Universal nos anos 30, os monstros clássicos – Drácula, Lobisomem, (a criatura de) Frankenstein – ensaiavam uma grandiosa volta ao cinema há anos. Após produções que falharam miseravelmente em atrair atenção do público, o estúdio decidiu alinhar-se às tendências de mercado e lançar um universo compartilhado para chamar de seu.
O Dark Universe foi de cara um projeto ambicioso: além de novas instalações feitas para escritórios próprios, o estúdio investiu em atores de peso, como Tom Cruise, Russell Crowe, Angelina Jolie e Johnny Depp. Porém, começou de forma assombrosa com “A Múmia”, tão aquém das expectativas que poderia facilmente concorrer a pior filme do ano. O desastre se confirmou na pífia bilheteria e levou ao desligamento de Alex Kurtzman e Chris Morgan do projeto. Eles eram responsáveis por toda concepção do universo, planejamento estratégico dos filmes e supervisão de roteiro e produção. Sem ninguém no comando, o projeto da Universal será engavetado por um tempo para, segundo eles, reavaliação.
Sinais de crise foram observados no começo de outubro quando “A Noiva de Frankestein”, que seria o segundo filme da série, teve sua produção suspensa. O motivo seria a insatisfação dos executivos com o roteiro, ao qual não consideravam “pronto”. O estúdio ainda tenta contratar alguém com visão para reviver o projeto, mas, por agora, contenta-se em oferecer a diretores renomados a oportunidade de fazer um filme solo (desvencilhado do Dark Universe) sobre algum dos monstros.