Por Murillo Trevisan
Há 6 anos, chegava nos cinemas de todo o mundo o assustador “Atividade Paranormal”. Criado por Oren Peli, o longa foi um fenômeno e encabeça listas de “filmes mais lucrativos” até hoje. Não é para menos: tendo custado apenas US$ 15 mil, teve seu faturamento mundial na casa dos US$ 200 milhões. Com tamanho sucesso, era de se esperar que houvesse uma, duas, três, quatro continuações (sem contar os spin-offs).
Em “Atividade Paranormal 5: Dimensão Fantasma”, mais uma vez acompanhamos a estória de uma família que vive em uma casa assombrada por entidades demoníacas. Dessa vez, o anfitrião é Ryan (Chris J. Murray), um pai de família jovem que trabalha com desenvolvimento de games e acaba de ser transferido de Nova York para Palo Alto, por conta do emprego. Com ele moram sua esposa Emily (Brit Shaw) e sua pequena filha Leyla Ivy George).
Ryan e seu irmão Mike (Dan Gill) – que passará 2 semanas no lar da família, pois rompeu com sua namorada – estão enfeitando a casa para o natal quando encontram em uma das caixas da mudança uma câmera de vídeo e algumas fitas VHS deixadas pelas pessoas que viveram lá anteriormente. Porém, essa não é uma câmera qualquer; trata-se de um equipamento especial que pode capturar a “dimensão fantasma” em suas imagens. Eis a desculpa para que o protagonista esteja com a câmera na mão filmando a todo momento e embarcamos em mais um mockumentary bobo e cheio de truques para assustar o público.
A estória é bem conectada com os filmes anteriores, principalmente o terceiro, por se tratar dos fatos ocorridos na infância das irmãs Katie e Kristi e da relação com Toby, o amigo imaginário das meninas. Porém, exageram demais ao se apoiar nessas ligações, e é preciso fazer um certo esforço para lembrar de todos os acontecimentos passados.
Creio que a Paramount deva pensar da mesma forma, e resolveu nos ajudar a recapitular os fatos principais da franquia através de um vídeo bem divertido:
O uso da tecnologia 3D não tem muita profundidade. É somente mais um recurso para dar sustos, jogando coisas na cara do espectador, sustos esses cada vez mais previsíveis, utilizando o recurso do “silêncio que precede o esporro”.
A resolução final da franquia acaba sendo tão decepcionante quanto os atos finais de cada longa por si. Este, aliás, poderia ter sido salvo e fechado com chave de ouro se houvessem concluído com um final parecido com o de “Os Outros”, que caberia perfeitamente.
Ficha técnica
Ano: 2015
Duração:88 min
Nacionalidade: EUA
Gênero: Terror
Elenco: Chris J. Murray, Brit Shaw, Ivy George, Dan Gill
Diretor: Gregory Plotkin
Trailer:
Imagens: