O César, mais respeitado prêmio do cinema francês, elegeu há cerca de uma semana o cineasta polonês Roman Polanski, que reside no país, para ser o presidente da cerimônia deste ano.
No entanto, logo após o anúncio, um grupo feminista chamado d’Osez le Feminisme ameaçou protestar em frente ao evento, considerando o passado do diretor.
Polanski fugiu para a Europa logo após a condenação pelo crime de estupro de menor em 1978 para viver na França, que não tem acordo de extradição com os Estados Unidos. Assim, ele não cumpriu a pena que lhe foi aplicada, mas continua a exercer a profissão de diretor com produções europeias.
O grupo afirmou à impressa que “a escolha de Roman Polanski é absurda” e que o protesto deve-se “não à sua filmografia, mas com o crime que cometeu e sua negação em aceitar as responsabilidades”.
Por meio de seu advogado, o diretor então resolveu deixar o posto e declarou estar “extremamente triste” com a situação. Polanski já ganhou o César de direção em anos anteriores pelos filmes “Tess”, “O Pianista” e “Vênus em Pele”. Ele atualmente trabalha na produção do longa “Based on a True Story”, que conta com Eva Green e Emmanuelle Seigner, sua esposa, no elenco.