“Caça-Fantasmas”, reboot do clássico dos anos 80, foi alvo de ataques raivosos e sexistas com o lançamento do seu primeiro trailer, tendo batido o recorde de maior numero de dislikes em um vídeo do Youtube. Carregando consigo a polêmica em torno da escolha do diretor Paul Feig em realizar uma adaptação feminina da história, conquistou ampla aceitação por parte da crítica ao estrear, provando ser inteligente e divertido.
Porém, esta não parece ter sido suficiente para tornar o filme um sucesso, como previsto pela Sony. Após algumas semanas de lançamentos, os executivos responsáveis pela distribuição internacional da empresa calculam perdas aproximadas de U$ 70 milhões. Um dos fatores que ajudou no mau desempenho do filme – que custou U$ 300 milhões – é o fato deste não ter sido liberado para lançamento na China, grande mercado consumidor de cinema e responsável por “salvar” algumas produções que não obtém bom desempenho em outras partes do mundo.
A estratégia de lançamento em torno do reboot era inicialmente realizar uma nova trilogia. Esta seria reforçada por duas animações, uma para o cinema, prevista para 2019, e outra para a televisão em forma de seriado. Juntas, as produções comporiam um universo cinematográfico em torno do tema, com potencialidades de lucro acentuadas por vendas de brinquedos e outras estratégias de merchandising.
A Sony mostra-se oficialmente comprometida com a empreitada e não emitiu nenhuma declaração acerca dos números, mas um resultado tão negativo suscitou amplas especulações por parte da mídia americana, que afirmam clima de desconfiança e consequente reavaliação do projeto por parte dos altos executivos da Sony. O embasamento das afirmações vem do modus operandi dos principais estúdios de Hollywood, que comumente desistem de investir em sequências de orçamento extremamente alto quando o primeiro filme não fornece o lucro esperado.
Cabe aos fãs de Kristen Wiig, Kate McKinnon, Leslie Jones e Melissa McCarthy esperarem por mais informações sobre o futuro das caça-fantasmas.