Documentários por vezes podem ganhar vida própria, dada a incerteza em relação ao futuro. Em muitos casos, seu próprio objeto de pesquisa pode mudar. Em outros, como na sequência de “Uma Verdade Inconveniente”, o curso da história é capaz de modificar o ponto final.
“An Inconvenient Sequel: Truth to Power” tinha como objetivo principal retomar a discussão acerca do aquecimento global. Para isso, escolheu mais uma vez como ponto de vista o de Al Gore, engajado em levar a discussão adiante tanto em palestras ao redor do mundo como na participação no Acordo de Paris. Firmado oficialmente em 2016 depois de ampla discussão, este estabelece um esforço compartilhado de 195 países para diminuição dos efeitos dos gases estufas e, assim, combate das ameaças das mudanças climáticas.
Como proferido pelos diretores Bonnie Cohen e John Shenk, o acordo foi inserido no documentário como um sinal de esperança em relação ao futuro. Por isso, a retirada dos Estados Unidos deste veio como um grande balde de água fria. Por conta disso, Cohen e Shenk anunciaram que o filme sofrerá uma reedição para incluir não só esta decisão controversa como também para explorar seus potenciais significados.
Assim, o filme, que já tinha sido exibido em fevereiro no Festival de Sundance como um produto terminado, ganhará uma nova versão ate seu lançamento oficial no território americano (em julho desse ano) para permanecer o mais atualizado possível.
Fonte: Variety