Oito anos após ser proibido pelo governo iraniano de filmar por duas décadas, Jahar Panahi lança um novo filme (o quarto desafiando a lei). ”Se Rokh”, que foi recentemente exibido no Festival de Cannes, é uma mistura de ficção e documentário – pelo fato dos atores interpretarem versões de si mesmos. A trama conta a história de Behnaz Jafari, uma famosa atriz que recebe um vídeo de uma jovem angustiada por ser proibida pela família de estudar artes. Comovida, ela procura o diretor Jahar Panahi e os dois seguem até a vila da garota, seguindo seus passos e lidando com a recepção pouco calorosa dos locais. “Se Rokh” (traduzido para o inglês como “3 Faces”) ainda não possui distribuição internacional.
OBS: o trailer é falado em farsi e possui legendas em inglês
Unindo a estética ousada de Spike Lee a uma história incrivelmente cativante, “Blackkksman” tomou a Croissette de assalto e já é considerado um dos fortes candidatos aos prêmios principais, distribuídos no próximo domingo. Com Adam Driver e John David Washington (filho de Denzel Washington), a trama retrata a história verídica de um detetive negro que, na década de 70, infiltrou-se na Klux Klux Kan através de ligações amigáveis com um dos seus líderes. Quando havia necessidade de encontros presenciais, ele recorria ao seu colega de trabalho, um homem branco que, por sua vez, escondia ser judeu. O longa tem estreia prevista para o dia 22 de novembro.
O polêmico diretor Gaspar Noé volta a Cannes com “Climax”, um filme sobre dançarinos que ensaiam, dança, festejam e bebem sangria. Porém, como esperado do diretor de “Irreversível”, nem tudo é tão previsível. Com Sofia Boutella no papel principal, o longa ainda não tem data de estreia definida no Brasil. As entusiásticas críticas confirmaram-se com a premiação do filme na Quinzena de Diretores, onde ganhou o Art Cinema Award.
Falando em polêmica, a 71ª edição do Festival de Cannes exibiu o novo filme de Lars Von Trier, diretor que foi expulso anos atrás ao fazer comentários bastante infelizes enquanto promovia “Melancolia”. Sua nova obra, “The House that Jack Built”, retrata os atos de um serial killer ao longo de vinte anos e foi descrita como o filme mais perturbador do cineasta, que incomodará mesmo os acostumados com seu estilo, já que conta com cenas de tortura animal e mutilação de crianças. Isso, por sua vez, fez vários espectadores vomitarem e/ou deixarem as salas de cinemas durante as exibições. Por outro lado, parte da crítica tem ressaltado a genialidade do longa, que trabalha o tema principal sem fugir do horror, mas trazendo uma carga intelectual junto. Com Matt Dillon no papel principal, o longa ainda não tem data confirmada de estreia no Brasil.
Com “Knife + Heart”, Yann Gonzalez faz sua segunda participação em Cannes, sendo a primeira em competição oficial. Vanessa Paradis atua no papel principal como Anne, uma produtora de filmes pornôs gays que tem seus atores assassinados misteriosamente, enquanto ela mesma demonstra uma obsessão fora do comum pela ex-namorada Lois. Como a maioria dos filmes exibidos no Festival de Cannes, “Knife + Heart” ainda não possui distribuição no território brasileiro.
Obs: o trailer é falado em francês e possui legendas em inglês
https://youtu.be/p3D4Pm_4sQo