Anualmente, a Parrot Analyticis publica um estudo sobre a situação da televisão, considerando o cenário americano para a análise de penetração de mercado de canais abertos e, em casos como o do streaming, o desempenho global das empresas.
O resultado deste ano não demonstra grande surpresa ao colocar a Netflix como a primeira colocada no ranking, controlando atualmente 71% do mercado VOD (Video On Demand, que também inclui serviços de aluguel digital de filmes e seriados). A métrica utilizada conta com a amostragem dos 10 mercados mundiais, incluindo, além da estimativa de assinaturas, o apelo social das empresas, seja em aplicativos como Instagram, citações em blogs, sites especializados e buscas na internet.
O estudo também apontou um expressivo crescimento na criação de produtos originais dos SVODs (Streaming Video On Demand): em 2017, haviam sido 147; em 2018, foram 319 conteúdos, incluindo filmes, séries e programas especiais para o formato. Quanto à Netflix, o bom desempenho geral foi atrelado à popularização de séries como “O Mundo Sombrio de Sabrina”, “A Casa de Papel” e “Stranger Things”.
Nos Estados Unidos, a hegemonia da empresa comandada por Ted Sarandos é menor, tendo em conta a profusão de plataformas similares. Lá, a Hulu (agora de posse majoritária da Disney) ocupa o segundo lugar e a Amazon Prime o terceiro. Curiosamente, a recém-lançada CBS All Access, VOD do tradicional canal a cabo americano, já ocupa o quarto lugar, mesmo sendo mais recente. O seu sucesso se deve a séries frutíferas como “The Good Fight” e o interesse pelo remake de “The Twillight Zone”, comandado por Jordan Peele.
O estudo conclui apostando na diminuição da fatia de mercado da Netflix com a inserção de outros importantes players em um futuro próximo, como a Apple, a Disney e a Warner. Curiosamente, a Morning Consult divulgou recentemente o resultado de uma pesquisa sobre popularidade das marcas. Este apontou que a empresa mais adorada pelos millenials, importante faixa de consumo, é nada mais, nada menos que a Netflix. Foram consultadas 400 mil pessoas no processo, no qual foram citadas outras grandes organizações, como Samsung, Amazon e Google.
Fontes: Deadline, B9