O mais tradicional festival do cinema brasileiro, iniciado em 1973, teve que passar por uma grande inovação em 2020 devido à pandemia do Coronavírus. A impossibilidade em realizar mostras e debates presenciais levou aos organizadores, com o apoio da Prefeitura de Gramado, a criarem um modelo de exibição virtual de fácil engajamento e, melhor, extremamente acessível. Sobre esta decisão, Rafael Carniel, presidente da Gramadotur, declarou à imprensa:

Gramado é um destino maduro no cenário do turismo nacional e o festival é nosso carro-chefe dos grandes eventos desde 1973. Gramado não conhece a palavra impossível e estamos muito felizes em promover essa edição totalmente reinventada.

48º Festival de Cinema de Gramado 2020 – Gramado, RS – 16/09/2020. Preparativos – Montagem – Fotos: Edison Vara/Agência Pressphoto

Entre os dias 18 a 26 de setembro, haverá uma mescla de atividades e exibições em diferentes plataformas: alguns programas, como filmes educativos e debates estarão no sitewww.festivaldegramado.net, além das páginas do Facebook e Youtube oficiais. Durante este período haverá diariamente um debate – sempre às 10h – dos filmes exibidos no dia anterior.

Estes, por sua vez, serão disponibilizados em dois formatos: os curtas-metragens, assim as produções da mostra de filmes gaúchos, serão aglutinados em pacotes e postados Canal Brasil Play, onde ficarão acessíveis por 24 horas. Já os longas-metragens da competição oficial serão exibidos diária e exclusivamente no Canal Brasil a partir das 20h, sendo a primeira obra brasileira e a segunda, internacional.

Entre os títulos, destacam-se “Por Que Você Não Chora?”, de Cibele Amaral, estrelado por Bárbara Paz e focado na discussão pesada, porém pertinente do suicídio; “Aos Pedaços”, filme existencialista de Ruy Guerra sobre um homem despedaçado; “Todos os Mortos”, de Caetano Gotardo e Marco Dutra, que chega à Gramado após premiação em festivais internacionais e aborda os laços entre o presente do Brasil com seu passado assustador, pautado na escravidão; além dos documentários “Me Chama que eu Vou”, de Joana Mariani, e “O Samba é Primo do Jazz”, de Angela Zoé, respectivamente sobre os cantores Sidney Magal e Alcione.

Como de costume, haverá distribuição (virtual) de troféus especiais na noite de encerramento: Marco Nanini será agraciado com o Oscarito por sua carreira; Denise Fraga ganhará o Troféu da Cidade de Gramado; César Trancoso levará o Kikito de Metal e Lais Bodanzky ganhará o troféu Eduardo Abelin por suas contribuições na indústria cinematográfica.

Mesmo com uma configuração tão diferente dos anos anteriores, o Festival de Gramado continuará honrando o cinema e promete uma grande edição, acessível a todos que nunca puderam comparecer na pequena cidade do sul do país e, a partir de hoje, poderão assistir a filmes exclusivos e de qualidade.

 

Fonte das imagens: Agência Pressphoto

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