De 19 de outubro à 01 de novembro, São Paulo mais uma vez será palco de uma intensa programação de filmes dos mais variados temas, gêneros e estilos; alguns novos, outros revisitados, que moldam uma mostra eclética que movimenta os cantos da cidade: um corre-corre de cinéfilos em busca de experiências especiais nas gigantes telas de cinema.

 

Como em todos os anos, um clássico mudo foi escolhido para ser exibido à céu aberto com acompanhamento da Orquestra Jazz Sinfônica. A versão restaurada de “O Homem Mosca” (1923) – que contém a icônica imagem do astro da época Harrold Lloyd pendurado em um relógio no topo de um prédio – será mostrado em uma tela gigante instalada no parque Ibirapuera no dia 03 de novembro, às 20h.

 

Na programação oficial da Mostra, há outros filmes que chamam a atenção e merecem ser destacados aqui. São obras que ganharam destaque no cenário internacional ou filmes que possuem uma premissa muito interessante e agora são disponibilizados em sessões especiais. Escolha os seus favoritos dessa lista – e outros – e corra para não perder a sessão!

 

A Hollywood de Hitler

 

O documentário do alemão Rüdger Suchsland propõe-se a investigar os mecanismos de propaganda utilizados nos filmes da Alemanha Nazista, em especial no que concerne à construção de uma identidade fílmica ariana e os perigos do exercício desse tipo de cinema.

 

 

 

As Boas Maneiras

 

Ganhador de prêmios nos festivais de Locarno e, mais recentemente, do Rio, o filme de Juliana Rojas e Marco Dutra aborda a relação entre duas mulheres: Clara, uma enfermeira e Ana, mulher rica que a contrata para ser babá de sua filha. Antes de caráter amistoso, ela muda radicalmente após um incidente brusco.

 

 

Com Amor, Van Gogh

 

O longa de Dorota Kobiela e Hugh Welchman é o resultado de um trabalho minuncioso: eles decidiram complementar a narrativa da vida do pintor holandês Van Gogh com a pintura à óleo em cada um dos 65.000 frames do filme, um trabalho que durou 06 anos e contou com 125 artistas. O resultado visual é encantador.

 

 

 

Em Que Tempo Vivemos?

 

Jia Zhank-Ke, Walter Salles, Jahmil X.T. Qubeka, Mahdur Bhandarkar e Alexey Fedorchenko dividem a direção do longa ficcional passado em cinco países (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) que retrata dramas particulares de pessoas simples mas que, quando unidos, propõem uma discussão sobre humanidade e futuro.

 

 

 

Gabriel e a Montanha

 

Prêmio revelação da semana de crítica do Festival de Cannes, o filme de Fellipe Barbosa aborda a jornada de Gabriel, que decide viajar ao redor do mundo por um ano, antes de entrar em uma faculdade prestigiosa nos Estados Unidos. O monte Mulanje, no Quênia, é o seu último destino.

 

 

 

Happy End

 

O novo filme de Michael Haneke dividiu opiniões no Festival de Cannes desse ano: alguns não foram receptivos ao caráter indigesto da sua obra (algo comum em sua cinematografia), outros aplaudiram o tom crítico com que trata a burguesia européia atual, especialmente em relação à questão dos refugiados. O longa se passa durante um jantar familiar, onde os personagens parecem ignorar o mundo além das paredes do restaurante.

 

 

 

Human Flow: Não Existe Lar Se Não Há Onde Ir

 

O diretor Ai Weiwei debruçou-se sobre a questão do refugiado e viajou 23 países ao longo de um ano, onde retratou o desespero, a fuga, as adversidades práticas e a esperança de pessoas que deixam suas casas em busca de um futuro melhor. Este documentário é o resultado de seu olhar enquanto observador.

 

 

 

The Square

 

Ganhador da Palma de Ouro de Cannes deste ano, o filme do sueco Ruben Östlund provoca reflexões através do deboche com que trata seus personagens egocêntricos e desconectados da realidade, absortos em desfrutar uma polêmica exposição de arte.

 

 

 

Uma Verdade Mais Inconveniente

 

Dez anos após o documentário produzido por Al Gore popularizar a questão do aquecimento global, sua sequência atualiza os dados de emissão de gases estufas, aborda avanços e retrocessos na questão e expõe o quão perto estamos de uma revolução energética.

 

 

 

Visages, Villages

 

Trata-se do mais novo trabalho da cineasta francesa Agnès Varda, homenageada na 41ª Mostra com a montagem de uma retrospectiva do seu trabalho. O documentário é fruto das andanças de Varda pela França em companhia do fotógrafo JR, onde discutem o valor das imagens e sua importância na composição da paisagem de uma cidade.

 

 

 

Zama

 

Dirigido por Lucrecia Martel, o filme é uma co-produção de 8 países, incluindo o Brasil. Na trama, Zama é um oficial da Coroa Espanhola nascido na América do Sul que sonha com uma promoção e consequente transferência para a Espanha. Porém, os anos passam, governadores vem e vão e a promessa nunca é cumprida. Zama então cansa-se e decide se unir a um grupo de soldados em busca de bandido.

 

 

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