O Festival de Toronto expandiu a sua popularidade na última década não só pela excelente seleção de filmes inéditos como pela fama de “termômetro do Oscar”. Nos últimos dez anos, todos os ganhadores do o Grolsch People Choice Awards foram indicados nas principais categorias da premiação. Isso inclui filmes que não possuíam grandes expectativas, como “O Discurso do Rei” e “12 Anos de Escravidão”, que foram escolhidos como os melhores dos seus anos pelo festival e acabaram abocanhando o Oscar de Melhor Filme.

Assim, a notícia – tida como surpreendente por muitos veículos especializados – de que “Green Book” ganhou o prêmio principal do Festival de Toronto acendeu os sinais de alerta para as potencialidades do filme de Peter Farrelly. O longa representa uma nova arena artística para o diretor, conhecido por trabalhar em comédias escrachadas.

Investindo no drama racial, “Green Book” retrata ficcionalmente a jornada verdadeira de um músico de jazz negro (Mahershela Ali) e seu motorista branco (Viggo Mortensen) pelo sul dos Estados Unidos nos anos 50, auge da segregação.

O longa conseguiu desbancar a nova versão de “Nasce Uma Estrela”, de Bradley Cooper, que havia sido ovacionado de pé (e interpretado como ganhador óbvio por muitos) e “Se a Rua Beele Pudesse Falar”, filme super esperado de Barry Jenkins, baseado em um livro de James Baldwin.

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