Principal evento dedicado à cultura do filme não-ficcional na América Latina, o É Tudo Verdade – Festival Internacional de Documentários divulgou na noite deste domingo, 4 de outubro, os vencedores da sua 25ª edição. O festival neste ano foi divido em duas etapas online (via streaming) e exibiu um total de 61 longas e curtas-metragens em competição e hors-concours, de forma gratuita e acessível em todo o território brasileiro.

Reconhecido pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos EUA como um festival classificatório para o Oscar®, o evento qualifica automaticamente as produções vencedoras nas competições brasileira e internacional de Longas/Médias-Metragens e de Curtas-Metragens para inscrição direta visando a disputa dos Oscars® para melhor documentário de longa-metragem e de documentário de curta-metragem.

Dirigido pelo estreante Diógenes Muniz, “Libelu – Abaixo a Ditadura” foi eleito como vencedor da Competição Brasileira de Longas ou Médias-Metragens e recebeu R$ 20.000,00 e Troféu É Tudo Verdade. O filme focaliza uma tendência estudantil universitária surgida em 1976 que, impulsionada por uma organização clandestina, ganhou fama por ser o primeiro a retomar o mote “abaixo a ditadura” enquanto o AI-5 ainda vigorava.

O prêmio de melhor curta-metragem brasileiro foi para “Filhas de Lavadeiras”, de Edileuza Penha de Souza. Narrando histórias de mulheres negras que, graças ao trabalho árduo de suas mães, puderam ir para a escola e refazer os caminhos trilhados por suas antecessoras, a obra recebeu R$ 6.000,00 e o Troféu É Tudo Verdade.

Já na Competição Internacional de Longas ou Médias-Metragens o vencedor foi “Colectiv”, dirigido por Alexander Nanau. O filme aborda a corrupção no sistema de saúde da Romênia e recebeu R$ 12.000 e o Troféu É Tudo Verdade.

Collective, vencedor na categoria Melhor Documentário Estrangeiro

O polonês “Meu País Tão Lindo”, de Grzegorz Paprzycki, foi eleito o melhor curta-metragem internacional e fez jus a R$ 6.000,00 e o Troféu É Tudo Verdade.  O filme confronta duas forças que representam visões de mundo completamente diferentes: a perspectiva esquerdista de país contra a Polônia homogeneizada construída pela extrema direita.

Os longas-metragens vencedores das competições brasileira e internacional ganharão exibição presencial no Rio de Janeiro em salas do Grupo Estação, assim que elas foram reabertas.

 

Na cerimônia também foram anunciados os seguintes prêmios paralelos:

– Prêmio Aquisição Canal Brasil de Incentivo ao Curta-Metragem, para o filme brasileiro “Filhas de Lavadeiras”, de Edileuza Penha de Souza, que recebeu R$ 15.000,00 e Troféu Canal Brasil;

– Prêmio EDT (Associação de Profissionais de Edição Audiovisual), para a melhor montagem de um curta e um longa-metragem, concedidos, respectivamente, para “Metroréquiem”, montado por Adalberto Oliveira, e para “A Ponte de Bambu”, com montagem assinada por André Finotti e Raimo Benedetti.

 – Prêmio Mistika, no valor de R$ 8.000,00 em serviços de pós-produção digital, anunciado junto ao prêmio oficial de melhor curta-metragem brasileiro.

A 26ª edição do “É Tudo Verdade” ocorrerá entre 8 e 18 de abril de 2021 e as inscrições já estão abertas no site oficial.

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