Lin-Manuel Miranda é um dos maiores fenômenos da indústria do entretenimento recente, mas seu nome é, infelizmente, ainda bem desconhecido no Brasil. Ele acumula prêmios por onde passa – já ganhou Oscar, Tony, Globo de Ouro, Grammy e até o Pullitzer Prize – e os estúdios o tem cobiçado para integrar suas produções. Nesta semana, ele entra em cartaz nos cinemas brasileiros com “O Retorno de Mary Poppins”, onde atua ao lado de Emily Blunt, além de ter escrito músicas inéditas para a sequência.
Dentre seus dotes artísticos, o musical talvez seja o mais proeminente. Enquanto cursava o segundo ano de faculdade, escreveu músicas para a peça “In the Heights”, com melodias que misturavam rap e salsa. O sucesso da produção, que mais tarde migrou para a Broadway, chamou a atenção da indústria, mas foi a montagem de “Hamilton: an American Musical”, que mudou a sua carreira.
Unindo o inusitado estilo musical à reconstrução histórica da fundação dos Estados Unidos, a peça levou representatividade aos palcos e tornou-se um fenômeno cultural ao estrear em agosto de 2015. Um dos assuntos mais comentados no ano seguinte em Nova York era o quão impossível era conseguir ingressos para a peça, onde Miranda atuava no papel principal. A trilha sonora foi parar no topo das listas mais tocadas do país e, quando chegou a época da maior premiação do mundo teatral americano, “Hamilton” quebrou o recorde de indicações: foi considerado em 16 categorias, tendo ganhado 11 Tonys.
Desde então, circulam histórias dos estúdios brigando entre si para comprar os direitos da peça – a intenção varia entre realizar um longa-metragem musical ou somente uma versão ao vivo da peça para exibição na televisão aberta, a nova moda das emissoras. De lá para cá, Lin-Manuel escreveu todas as músicas de “Moana”, além de ter contribuído na trilha e dublagem de “Star Wars: O Despertar da Força”.
Talvez o aspecto mais incrível da sua carreira, o que vem criando um hype em torno do seu nome, seja o seu caráter prolífico. Além de “O Retorno de Mary Poppins”, Miranda acumula participações em produções diferentes estágios de andamento, além de ter novidades na vida pessoal, já que se tornou pai há menos de um ano.
Listamos abaixo alguns de seus trabalhos ainda em fase de produção:
– Está produzindo e escrevendo músicas inéditas para a versão “live-action” de “A Pequena Sereia”.
– É produtor executivo de “Fosse/Verdon”, minissérie da FX que retratará o relacionamento entre o conceituado coreógrafo e diretor Bob Fosse (“Cabaret”, “O Show Tem que Continuar”) com a dançarina Gwe Verdon. A série tem Michelle Williams e Sam Rockwell nos papéis principais e está sendo filmada no momento.
– Atuará na minissérie “His Dark Materials”, da BBC, ao lado de Ruth Wilson (“The Affair”) e James McAvoy (“Vidro).
– Vai fazer sua estreia como diretor no filme “Tick, Tick…Bom”, baseado na vida do escritor da famosa peça da Broadway “Rent”, Jonathan Larson.
– Em junho de 2020, a Warner Media deve lançar a versão cinematográfica de “In the Heights”, peça que lhe rendeu um Tony em 2008. Ele compôs as músicas da peça, além de ter atuado no papel principal; porém, não vai atuar no filme.
– Comporá a trilha de “Vivo”, uma animação da Sony que tem lançamento previsto para novembro de 2020.
– Foi contratado ainda pela produtora Lionsgate como “consultor musical” de “The Kingkiller Chronicle”, longa baseado em romances clássicos de Pat Rothfuss, que será dirigido por Sam Raimi, com lançamento previsto para o final de 2020.
Fonte: Variety